Implantada num terreno com acentuado declive, no condomínio Ipês da Malota, localizado ao lado do bairro da Malota em Jundiaí-SP, esta residência de três suítes possui aproximadamente 480m².
Na sua relação com a topografia, este projeto se apresenta, a partir de uma reflexão original que dialoga com duas importantes referências da Arquitetura: Casa de Vidro (Lina Bo Bardi) e Villa Savoye (Le Corbusier).


O acesso social desta casa se dá por meio de uma escada e uma passarela brancas que flutuam acima do chão. Também, no meio de um grande volume de concreto aparente, demarca-se a entrada por um painel de ardósia preta. O fulget vermelho desenha as formas que estabelecem o diálogo entre esta casa e a topografia do terreno. O volume de concreto aparente na fachada descreve um plano inclinado em direção ao fundo do lote enquanto o marcante e maciço volume de ardósia preta se apoia sobre a plataforma branca e seus pilotis.

A piscina aqui se encontra suspensa e funciona também como um espelho d’água, já que está enquadrada na arquitetura entre o espaço íntimo da casa e a paisagem circundante.

Num extremo da piscina desta casa, tem-se o spa e, no outro, um banco, a partir dos quais se pode contemplar simultaneamente a arquitetura da casa e a paisagem.

Um eixo visual contínuo liga a frente do lote ao seu fundo e à paisagem neste projeto. Quando se estaciona o carro, pode-se servir da energia elétrica gerada nos painéis da cobertura enquanto se mira mais uma vez a paisagem antes de subir para o interior da casa.

Sobre os materiais
Os materiais que constituem o projeto desta casa são o concreto aparente, a ardósia preta e a madeira de pinus. Também se destaca, por meio do material, a plataforma branca que cria o plano sobre o qual a casa acontece. No seu telhado, os painéis fotovoltaicos são aparentes e fazem parte proposital da arquitetura.
